Ementas dos cursos
Cursos online
|
Ementas
|
Oficina
de poesia de forma-fixa (curso
online). Prof.
Guilherme Bernardes Horário/dia:
das 15h às 17h, nas segundas. Início: 18/09. Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa: O curso livre Oficina de Poesia
de Forma-fixa tem como objetivo a leitura, análise e posterior feitura de
poemas escritos em formas-fixas tradicionais, com maior ênfase em formas da
poesia europeia, mas também de poemas de outras tradições como a poesia japonesa
e a poesia árabe. O curso terá 10 encontros, sendo 9 encontros de 2 horas de
atividades síncronas aliados a 1 hora de atividades assíncronas, somado a um
encontro de encerramento com 3 horas de duração, totalizando, portanto, às 30
horas necessárias. Cada encontro buscará tratar de uma forma-fixa em
específico (eventualmente abordando mais de uma quando forem formas
relacionadas), apresentando sua origem na história da poesia e chamando a
atenção para seus elementos primordiais; para tal, serão selecionados poemas
que exemplifiquem a forma e será pedido aos participantes que atentem para as
maneiras em que as expectativas criadas pelas formas-fixas são cumpridas ou
desafiadas. |
“Brasil,
o país bandalho”: leitura das crônicas de Hilda Hilst. (curso
online). Profa.
Suzanne Modesto Souza Bindá. Horário/dia:
das 18h30min às 20h30min, nas segundas. Início:
18/09 Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada.
|
Ementa: Hilda Hilst é uma das maiores escritoras
brasileiras. Contudo, tornou-se conhecida, principalmente, por sua vasta
produção poética. Esse curso de temática livre tem por finalidade realizar a
leitura e a discussão de algumas crônicas que estão contidas no livro 132 crônicas: cascos & carícias e
outros escritos, com o intuito de difundir parte da obra da escritora
paulista. Escolhemos trabalhar com o gênero crônica pois entendemos que
podemos ter maior alcance de textos hilstianos. Nosso objetivo é, semanalmente,
promover uma leitura coletiva das crônicas de modo a obter diálogo com os
participantes. A ministrante selecionará crônicas para trabalhar com o grupo de
leitura, de modo inicial, pois estará aberta para receber sugestões de
leitura de outras crônicas e, assim, realizar possíveis acréscimos ao longo
do andamento do curso. A leitura das crônicas poderá ser realizada antes de cada encontro,
caso seja de preferência do participante. Possíveis alterações de leitura
serão avisadas com antecedência. Durante os encontros será realizada a
leitura conjunta das crônicas selecionadas para a respectiva data, bem como o
compartilhamento de impressões sobre o texto lido, seja com outros textos da
autora ou de outros escritores. |
Os
contos de Monteiro Lobato (curso
online) Prof.
Felipe Krul Bettiol. Horário/dia:
das 19h às 21h, nas segundas. Início:
18/09 Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa: O objetivo deste curso
introdutório é fazer um panorama do conto lobatiano – de Urupês (1918)
a O macaco que se fez homem (1923) – discutindo, a partir da leitura
conjunta, características formais e temáticas das narrativas curtas voltadas
ao público adulto do autor em diálogo com a fortuna crítica acerca de sua
obra. |
O
verso, a ordem, o ritmo na poesia brasileira (curso
online). Prof.
Sergio Maciel Junior. Horário/dia:
das 19h às 21h, nas segundas. Início:
18/09. Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa: O objetivo desse Curso Livre
direcionado é compreender melhor, através da leitura de poemas, as
especificidades do verso livre na literatura brasileira moderna e
contemporânea. Partiremos da teoria do ritmo desenvolvida por Henri
Meschonnic para pensar as particularidades de cada poeta listado no curso,
buscando destacar a cada leitura a estrutura particular de ênfases que cada
poeta constrói em torno da subjetividade e historicidade da sua escrita. |
A
Linguagem da Terra: reverberações do cosmos na literatura e em outras artes. (curso
online). Prof.
Thiago Alexandre Correa. Horário/dia:
das 19h às 21h, nas segundas. Início:
18/09. Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa:
Algumas recentes produções poéticas têm dado uma ênfase
especial sobre como outras formas de vida que não humanas manifestam suas
existências e sobre como elas aparecem no que se entende por literatura. Ou,
para além disso, como suas existências podem ser lidas e percebidas
poeticamente de modo que os próprios modos de ler e entender as definições de
literatura e arte precisem ser ampliados. Isso tem demonstrado a necessidade
de que esses seres viventes e agentes e suas expressões, que podem ser
entendidas como reverberações do cosmos, sejam incorporadas nas experiências
poéticas e nos estudos sobre literatura e demais artes. Mas não posicionando-as em um status de
objeto e passividade, ao contrário disso, essas discussões convocam uma
necessidade de se reorganizar as posicionalidades, tensionando a hegemônica
configuração sujeito/objeto, que é uma herança dos paradigmas cartesianos,
modelos coloniais. Artistas e
pensadores indígenas têm apresentado uma significativa contribuição por
convocar modos menos antropocêntricos de se praticar e exercitar potências de
vida, sensibilidades e poeticidades, que não tenham como excepcionalidade a
figura humana, denunciando que essa centralidade do humano é também uma
herança moderno-colonial e que, como não é novidade, esse paradigma da razão
ocidental cartesiana, como exclusivo modelo de organização do mundo, tem
acarretado em graves, violentas e irreversíveis consequências para o planeta.
A intenção deste curso é ler
alguns recentes trabalhos de poetas e multiartistas, especialmente indígenas,
mas não apenas, que tem apresentando em suas atuações essas outras possibilidades
de ler o(s) mundo(s) em contato com formas de vida mais que humanas, como os
animais, vegetais, minerais, seres aquáticos e como esses outros viventes são
tão fundamentais e podem oferecer experiências de vida mais sensíveis,
cuidadosas, éticas e desanestesiantes. |
Observando
verbos de trajetória em português brasileiro. (curso
online). Profa.
Fabiana Simeone Avais. Horário/dia:
das 13h30min às 15h30min, nas terças. Início:
19/09 Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa: O objetivo do grupo de estudos é
possibilitar a leitura e discussão do tema verbos de trajetória, por
meio dos textos: I. “Teoria generalizada dos papéis temáticos”, de Franchi e
Cançado (2003); II. “Cognitive semantics: An overview”, de L. Talmy
(2011); III. “Verbos de trajetória do PB: uma descrição sintático-semântica”,
de Meirelles e Cançado (2017); e IV. “Verbos de movimento e sua representação
na estrutura léxico conceptual”, de Silva Júnior (2015). A proposta é efetuar
a leitura de dois textos-base (I e II), e dois textos específicos da temática
abordada (III e IV). Os assuntos abordados serão, a princípio:
Semântica Cognitiva e Conceitual; Papel Temático; Classes de verbos; Verbos
de movimento e trajetória. |
Literaturas
e Culturas: os entrelugares de Silviano Santiago. (curso
online). Prof.
Thiago Bittencourt. Horário/dia:
das 14h às 16h, nas quartas. Início:
20/09. Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa: O curso de temática livre tem
formato de grupo de leitura e ocorrerá de maneira totalmente remota, distribuído
em dez encontros virtuais, com objetivo de conhecer, expandir e compartilhar
as leituras e interpretações de parte da produção crítica-ensaística de
Silviano Santiago em sua extensa trajetória como um dos principais intelectuais
em atividade do Brasil, cujas preocupações incluem questões relacionadas à
literatura e cultura brasileiras e seus entrelugares no cenário ocidental. No
curso, leremos e debateremos os ensaios que mais se destacam no conjunto da
obra do crítico mineiro, cujos temas incluem literatura e identidade, geopolítica
da cultura ocidental, cosmopolitismo e localismo na literatura, crítica e
história, crítica de arte contemporânea e do Modernismo. |
Introdução
à teoria da relevância. (curso
online). Profa.
Angélica Andersen. Horário/dia:
das 14h às 17h30min, nas quartas. Início:
27/09. Carga horária total: 30 horas 6 encontros de 3,5 horas cada. Atividades assincronas com total de 10 horas. |
Ementa: Neste curso serão abordados os
pressupostos da Teoria da Relevância. A teoria da relevância é uma
abordagem cognitiva da pragmática que parte de dois pressupostos basicamente
griceanos: (a) que grande parte da comunicação humana, tanto verbal quanto
não verbal, envolve a expressão explícita e o reconhecimento inferencial de
intenções e (b) que, ao inferir essas intenções, o destinatário presume que o
comportamento do comunicador atenderá a determinados padrões, que para Grice
são baseados em um Princípio Cooperativo e máximas, e para a teoria da
relevância são derivados da suposição de que, como resultado de constantes
pressões de seleção no curso da evolução humana, tanto a cognição quanto a
comunicação são orientadas para a relevância. A relevância é definida em
termos de efeitos cognitivos e esforço de processamento: se os outros fatores
forem iguais, quanto maiores os efeitos cognitivos e menor o esforço de
processamento, maior a relevância. |
Algumas
leituras de Ulysses, de James Joyce. (curso
online). Profa.
Hêmille Perdigão. Horário/dia:
das 18h30min às 20h30min, nas quartas. Início:
20/09. Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa: Este curso, com abordagem de grupo de leitura, propõe a
leitura conjunta do romance Ulysses, de autoria do irlandês James
Joyce, a fim de explorar as amplas possibilidades de interpretação que o
romance oferece. O objetivo é que o curso não seja apenas uma exposição pela ministrante, mas
sim, que surjam – como consta no título do curso - algumas leituras da
obra, a serem compartilhadas e debatidas em cada um dos encontros. O curso, em
formato remoto, terá carga horária de 30 horas, sendo 20 horas de atividades
síncronas e 10 horas de atividades assíncronas. As atividades síncronas serão
os encontros remotos pela plataforma Google Meets, durante os quais haverá o
debate da obra; já o tempo das atividades assíncronas será reservado à
leitura individual do romance. |
Kafka
em foco. (curso
online). Profa.
Vanessa de Paula Hey. Horário/dia:
das 9h30min às 12h, nas sextas. Início:
22/09. Carga horária total: 30 horas 8 encontros de 2,5 horas. Atividades assíncronas com total de 10 horas. |
Ementa: Franz Kafka (1883-1924) destacou-se como uma das figuras literárias
de maior impacto das primeiras décadas do século XX, influenciando direta e indiretamente
a obra de outros autores, tais como Samuel Beckett, Albert Camus e Jean-Paul
Sartre. Mesmo decorridos quase cem anos desde o seu falecimento, suas obras
mantêm-se relevantes e atuais, sendo continuamente lidas, estudadas e reeditadas,
constituindo-se também como objeto de pesquisas interdisciplinares. Apesar de
ter sido associado a diversas correntes artísticas e literárias – como o
expressionismo, o existencialismo e o teatro do absurdo –, Kafka se destaca
por sua resistência a essas e outras categorizações, em outras palavras, sua
escrita se recusa a ser enclausurada por interpretações fechadas e
definitivas. Ao longo deste curso, faremos a leitura, discussão e análise de
alguns de seus textos (como Contemplação, O veredicto, A
metamorfose, O processo, O desaparecido e Um médico
rural), investigando seus contextos de produção e recepção, bem como
múltiplas de suas abordagens teóricas e literárias. |
Leituras
e discussões sobre literaturas e culturas africanas: Guiné-Bissau e
Moçambique. (curso
online). Profs.
Wilson Miguel Turé e Fabiana Avelino. Horário/dia:
19h às 21h, nas sextas. Início: 08/09. Carga horária total: 30 horas 6 encontros de 2,5 horas. Atividades assincronas com um total de 9 horas. |
Ementa: O
curso tem como objetivo fomentar as diversas leituras e discussões dos textos
literários sobre a Guiné-Bissau e Moçambique, destacando aspectos
socioculturais e históricos a partir das obras dos (as) escritores (as)
centralizados nos povos e sociedades dos países supracitados.
Preferencialmente, o curso destina-se aos estudantes de graduação, porém, não
descarta aos demais interessados. |
“Já
existem textos demais”: uma introdução à “Escrita não criativa” e a condição
institucional da vanguarda no século XXI (curso
online). Prof.
Sergio Marcone da Silva Santos. Horário/dia:
quintas das 18h30min às 20h30 min, sextas das 15h às 17h. Início:
21/09. Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa: A
noção de “escrita não criativa” foi criada pelo poeta e professor da
Universidade da Pensilvânia (EUA), Kenneth Goldsmith, com a publicação de Uncreative
writing: Managing the language in the digital age, em 2011. Baseado em
artistas de vanguarda do século XX, como Marcel Duchamp, que copiou um
mictório e o colou num museu (“A Fonte”, 1917), na arte
conceitual da década de 1960, que utilizou colagens e objetos do cotidiano
para compor obras, e no corriqueiro CTRL+C/CTRL+V utilizado na internet,
Goldsmith defende que, diante da grande quantidade de textos produzidos,
sobretudo na internet, não há mais necessidade de artistas criarem algo novo,
original, pois “já existem textos demais” (2011). Em seu lugar, deve-se
copiar os materiais já existentes e assentá-los em novas plataformas
apostando que o gesto de copiar e colar produza novos sentidos sobre os
textos, pois assim como o fazemos na internet o tempo todo (mutilando
arquivos, enxertando conteúdos ou remixando-os etc.), autores podem se sentir
à vontade a fazer o mesmo, suscitando o que seria uma vanguarda século XXI
cujo foco é a materialidade. Foi assim que o próprio Goldsmith concebeu,
dentre outras obras, Traffic (2007), que consiste na apropriação de
boletins de trânsito emitidos por uma rádio de Nova York durante um final de
semana prolongado, Day (2003), a edição inteira do jornal The New
York Times e Sports, uma partida de baseball (2008). No
Brasil, autores também têm produzido obras “não criativas”, como Trânsito (2017),
de Kenneth Goldsmith, considerada por Marília Garcia e Leonardo Gandolfi,
seus “co-autores”, uma “dublagem” do gesto perpetrado em Traffic para
uma rádio que emite as condições de tráfego na cidade de São Paulo, e Sessão
(2016), de Roy David Frankel, a cópia de arquivos taquigráficos do
congresso nacional com as falas dos deputados durante a sessão de impeachment
da ex-presidente Dilma Rousseff. Mas, do ponto de vista institucional, como
se apresenta a “escrita não criativa” enquanto produto dito de vanguarda? Os processos de institucionalização da arte surgem no
século XVIII com o intuito de normatizar o sistema das artes. Nesse momento,
conceitos como “arte”, “autor”, “autoria”, “grande arte” e “arte popular”
etc., foram estabelecidos e tornaram seu uso perene, chegando aos dias de
hoje. As vanguardas do século XX tinham como metas atacar algumas dessas
prerrogativas a partir de questionamentos à ideia do gênio criador, do museu
como local “sagrado” das obras, além de tornar a audiência mais participativa
visando um melhor entendimento dos objetos de arte ao (re)utilizarem objetos
do cotidiano nas obras, em vez de materiais nobres como o mármore ou o bronze:
tanto o fizeram assim Duchamp, no início do século XX, quanto artistas
conceituais, como Mel Bochner e Joseph Kosuth, nos anos 1960. É essa a
inspiração de Goldsmith: pegar qualquer texto do cotidiano, de qualquer
lugar, transpô-lo para uma plataforma distinta da de sua origem e gerar uma
obra “não criativa”. Mas, o gesto de Goldsmith, hoje, mesmo sendo tão comum
na internet, enseja a rebeldia típica das vanguardas do século XX? Quais
os parâmetros que permite ao projeto de Goldsmith se inscrever como uma vanguarda
do século XXI? Há, na “escrita não criativa”, condições institucionais e
sociais para manter a “virulência” contra o status experimentada pelas
vanguardas anteriores? Será que, no século XXI, ainda é possível pensar em
uma vanguarda (ou outro movimento qualquer) que se opõe ao status quo?
Se sim, como se dá o embate, já que geralmente quem propõe fazê-lo se
encontra dentro do sistema recebendo suas benesses? Será possível que, ao se
acreditar travar uma luta, não se está somente repetindo padrões
estabelecidos no século XVIII, onde autor e obra têm lugar de destaque – status
– na sociedade? Se sim, como e por que são mantidos até hoje? Se não, por que
acreditamos em tais propostas? Enfim, “vanguarda” ainda carrega algum
sentido? O objetivo do Curso Livre é apresentar a “escrita não criativa” para
que, a partir dela, seja possível desdobrar leituras acerca dos processos de
institucionalização da arte. Na primeira parte do Curso, serão lidos textos
referentes à “escrita não criativa”, conceito, características, autores e
obras. No segundo momento, buscar-se-á explorar as ideias sobre a
institucionalização da arte tencionando identificar algumas premissas
estabelecidas no século XVIII que, ao serem mantidas até hoje, fazem com que
promessas e intenções sejam mais retórica e de manutenção de status que
“rebeldia” ou “virulência” contra um sistema. Para adensar a discussão que se
pretende estabelecer com o público interessado, diferentes textos, como
poemas, artigos e ensaios serão lidos e discutidos conjuntamente. |
Cursos presenciais
|
Ementas |
Relatos
de tradução (curso
presencial). Profa.
Gisele Eberspächer. Horário/dia:
das 14h às 16h, nas segundas. Início:
18/09 Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Proposta:
o grupo de leitura pretende ler e debater alguns relatos de tradução sobre a
prática tradutória, com foco em pessoas que traduzem na contemporaneidade. Os
textos envolvem notas de tradução, que acompanham uma obra traduzida, ou
ensaios escritos e publicados em livros ou outras mídias. O objetivo será
discutir estes textos, comparar as práticas de diferentes pessoas e
relacionar com conceitos e textos dos Estudos da Tradução. Público-alvo: estudantes interessados
nos Estudos da Tradução, pessoas tradutoras e público interessado no debate
sobre tradução. |
Literatura
japonesa de autoria feminina em tradução. (curso
presencial). Profa.
Lívia Rodrigues Macedo. Horário/dia:
14h às 16h, nas terças. Início:
19/09. Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa: Leitura de contos produzidos por
mulheres japonesas traduzidos para o português do Brasil. Cronograma de execução: 1. Apresentação da escritora
Higuchi Ichiyō. 2. Leitura do conto “Caminhos
Opostos”. 3. Leitura do conto “Enseada de
Águas Turvas”. 4. Apresentação da escritora Takahashi
Takako. 5. Leitura do conto “Figuras
semelhantes”. 6. Leitura do conto “A ponte
suspensa”. 7. Apresentação da escritora
Hayashi Fumiko. 8. Leitura do conto “Cidade
baixa”. |
Grupo
de leitura: O homem brasileiro de elite na ficção de Machado de Assis e Chico
Buarque. (curso
presencial). Profs.
Lucas de Prado Freitas e Roberta Gamborgi Vallim Lehmann. Horário/dia:
das 15h às 17h, nas terças. Início:
19/09. Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa: A proposta deste minicurso é, precisamente, uma leitura conjunta dos
Contos fluminenses (1870), de
Machado de Assis, e dos
Anos de chumbo (2021),
de Chico Buarque. Além disso, serão lidos também trechos selecionados dos romances Helena (1876) e Iaiá Garcia
(1878), de Machado de Assis, e Estorvo
(1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003), Leite Derramado (2009), O irmão alemão
(2014) e Essa
Gente (2019), de Chico Buarque, isso em concatenção com textos teóricos e
críticos relevantes para a
perspectiva adotava, quais sejam: Ao
vencedor as batatas (2012) e Um
mestre na periferia do capitalismo (2012), de Roberto Schwarz, A dominação masculina (2020), de Pierre Bourdieu; A construção do feminino no romance
brasileiro contemporâneo (2022),
de Regina Dalcastagnè; A gente
é da hora: homens negros
e masculinidade (2022), de bell hooks; Poética
do pós-modernismo e Teoria e
política da ironia (1991), de Linda Hutcheon e Dicionário de estudos narrativos (2018), de Carlos Reis. Buscaremos discutir como Machado de Assis e
Chico Buarque representam, nas obras selecionadas, o homem brasileiro de
elite, uma vez que identificamos pontos de intersecção na visão oferecida
pelos seus narradores, algo sintomático da permanência de aspectos estruturantes
da nossa sociedade, como o patriarcado e as formas de favor. Em Machado, o homem de elite pode
ser lido como sempre o mesmo. Seguro na posse de direitos socialmente
assegurados, ele é o centro das decisões familiares, aquele que repudia
qualquer forma de trabalho. Em suma, é um
ocioso e conformista na manutenção da sua posição de domínio: “A segurança em
que o homem de elite vive nos livros de Machado de Assis é absoluta. [...]
Estes sabem que
podem tudo” (BUENO, 2020, p. 290). Em Chico, o homem de elite cumpre a
especificação anunciada no seu
primeiro romance, intitulado Estorvo (1991):
“Vejo a multidão fechando todos os meus caminhos, mas a realidade é que sou o
incômodo no caminho da multidão”
(BUARQUE, 1991, p. 106, grifo nosso). Vemos que o homem de elite brasileiro
ora é sintagma das continuidades e descontinuidades de uma formação nacional acidentada, ora não
é valorizado, muito menos idealizado, no sentido de a personagem não se ver como um ideal
de homem a ser seguido. Pretendemos, destarte, averiguar se (e como)
essa caracterização se repete na ficção machadiana e buarqueana, a fim
de propor reflexões sobre as recorrências e os contrastes de comportamento
entre personagens masculinas (bem como entre
personagens masculinas e femininas) que figuram nessas narrativas. |
Ezra
Pound em tradução (curso
presencial). Prof.
Guilherme de Oliveira Delgado Filho Horário/dia:
das 14h às 17h, nas quartas. Início:
20/09. Carga horária total: 30 horas 7 encontros de 3 horas (exceto primeiro encontro de 2h). Atividades assíncronas com total de 10 horas. |
Ementa: O curso tem por objetivo
mergulhar na leitura e discussão da poesia de Ezra Pound traduzida no Brasil
e em Portugal. Sempre que possível, faremos um estudo comparado das diferentes
traduções disponíveis para um mesmo poema com vista a discutir o projeto
particular de cada tradutor – suas escolhas e obsessões. Por consequência,
lidaremos com conceitos fundamentais à tradução de poesia, tais como
correspondência formal e funcional (Britto, 2006), diversão tradutória
(Flores, 2014), caráter marcado e não-marcado (Meschonnic, 2010), etc. Nesse
sentido, além da bibliografia básica, que inclui boa parte das traduções
brasileiras e portuguesas já publicadas, teremos como base as traduções que
venho realizando ao longo do doutorado, mais especificamente da antologia Personæ (1926), que compila os chamados
“poemas breves” do autor, anteriores à publicação de Os Cantos, sua obra mais famosa. |
O
imaginário do crioulo na literatura de língua francesa das Antilhas. (curso
presencial). Profa.
Tayla de Souza Silva. Horário/dia:
das 15h às 17h, nas quartas. Início:
20/09 Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2 horas com 1 hora de atividade assíncrona cada. |
Ementa: Este curso livre tem como objetivo refletir
sobre alguns aspectos do imaginário crioulo explorado na literatura de língua
francesa das Antilhas. Em um primeiro momento, faremos a leitura de textos
teóricos selecionados que introduzem o contexto cultural e literário em
questão, dentre os quais se destacam Poética da relação e Le discours
antillais, do martinicano Édouard Glissant. Depois dessa etapa
inicial, leremos o romance A ilha da chuva e do vento (ou Pluie et
vent sur Télumée Miracle, no original), da escritora guadalupense Simone
Schwarz-Bart. O livro é considerado como uma das obras-primas da literatura
caribenha e aborda vários elementos que compõem o que se poderia chamar de
uma cosmovisão do povo das Antilhas. Para aprofundar a discussão, faremos a
leitura de textos teóricos mais direcionados, sendo eles Performances do
tempo espiralar, da pesquisadora Leda Maria Martins, e o clássico Ainsi
parla l’oncle, do haitiano Jean Price-Mars. As leituras podem ser feitas
tanto em francês, quanto em traduções para o português ou para outras
línguas. Será solicitado aos participantes a leitura prévia dos textos
designados para cada encontro, para possibilitar a discussão. |
Oficina
de tradução feminista a partir dos contos de Josefina Plá. (curso
presencial) Profa.
Daiane Pereira Rodrigues. Horário/dia:
das 14h30min às 17h, nas quintas. Início:
21/09. Carga horária total: 30 horas 10 encontros de 2,5 horas. Atividades assíncronas com um total de 10 horas. |
Ementa: Curso propõe a leitura de alguns
textos fundamentais da teoria feminista de tradução, mas enfoca principalmente
na prática de tradução de contos da escritora hispano-paraguaia Josefina Plá.
Os contos selecionados para tradução são A Caacupe, Cayetana, La pierna de
Severina, Sisé e Tortillas de harina, por trazerem a temática da
representação da mulher popular paraguaia. Serão nove encontros de 2h30 cada,
e 7h30 livres para leituras assíncronas. O objetivo é que as traduções sejam
publicadas no final do curso. Público-alvo: estudantes com conhecimento
avançado de espanhol interessados em participar de um projeto de tradução. |